sexta-feira, 29 de julho de 2011

Comunicação interna para a sustentabilidade



A comunicação interna já deixou de ser apenas um amontoado de publicações como jornaizinhos, murais e folhetos sem uma periodicidade confiável, com notícias velhas e sem um conteúdo complementar à gestão do conhecimento nas empresas.

Atualmente, o olhar inovador sobre a estratégia da comunicação interna,  alinhada ao negócio e integrada aos demais movimentos de comunicação empresarial, demanda um posicionamento educativo.

O comunicador não é mais um simples operador de ferramentas e técnicas, mas um estrategista - além de ser um coach da organização. Cabe a ele mapear cenários, planejar e garantir a execução das ações previstas, monitorando seus resultados. Também é de sua responsabilidade orientar e esclarecer que processos permanentes de feedback, diálogo e colaboração fazem parte das habilidades de gestores. Comunicação interna não é tarefa da comunicação. É premissa de uma administração eficiente.

A comunicação interna para a sustentabilidade entra nesta linha. Por tratar-se de tema amplo, a sustentabilidade requer um olhar sistêmico e integral das empresas e de seus relacionamentos com diferentes interlocutores.

Nessa ótica, a abordagem da comunicação interna junto aos colaboradores, diretos ou terceirizados, deve ter igualmente um alcance múltiplo e um olhar holístico. Deve ser parte de um planejamento capaz de considerar a gestão de pessoas, as necessidades dos clientes e suas expectativas, o entendimento do que é valor de marca, bem como os modelos operacionais praticados, além de percepção de riscos e oportunidades. Tudo isso sob a delicada costura entre as questões socioambientais e os resultados financeiros. Certamente, um desafio. 

Comunicar para a sustentabilidade só pode ser assim, uma questão educacional permanente. Facilitando a comunicação face  a face, com a compreensão das emoções envolvidas durante a conversa, para permitir um diálogo corporativo capaz de unir diferentes pontos de vista e ampliar a consciência de que as áreas e os departamentos não trabalham sozinhos. Lembrando que uma organização não possui compartimentos separados, e que seus resultados dependem da qualidade das relações humanas.  E que cada setor tem impactos sociais, econômicos e ambientais sobre o conjunto, numa rede dinâmica de influências.

Se a sustentabilidade torna-se a cada dia uma celebridade empresarial, mais do que um novo modismo, é preciso entender que ela veio para ficar. Como ninguém ainda sabe direito como alcançá-la em sua plenitude, o papel do comunicador nessa busca é vital. A começar pela comunicação interna: a força nuclear das empresas no engajamento de seus empregados e na realização de seus objetivos. Muito além da operação de veículos e do cumprimento de ordens e tarefas, uma ferramenta de gestão e de educação dos times de trabalho.

Fonte: Luiz Antônio Gaulia

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